quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Como fazer um bom resumo para Universidade.

RESUMO

Um resumo nada mais é do que um texto reduzido a seus tópicos principais, sem a presença de comentários ou julgamentos. Um resumo não é uma crítica, assim como a resenha o é; o objetivo do resumo é informar sobre o que é mais importante em determinado texto.Para Platão e Fiorin (1995), resumir um texto significa condensá-lo a sua estrutura essencial sem perder de vista três elementos:
ü  As partes essenciais do texto;
ü  A progressão em que elas aparecem no texto;
ü  A correlação entre cada uma das partes.
Se o texto que estamos resumindo for do tipo narrativo, devemos prestar atenção aos elementos de causa e sequências de tempo; se for descritivo, nos aspectos visuais e espaciais; caso o texto for dissertativo, é bom cuidar da organização e construção das idéias.
Resumir é apresentar de forma breve, concisa e seletiva um certo conteúdo.
Em um resumo você vai colocar com poucas palavras as ideias que o autor desenvolveu ao longo de um texto.
Um resumo permitir recuperar rapidamente ideias, conceitos e informações, tornado mais fácil de entender, pois saberá encontrar num texto as ideias mais importantes.
Um resumo deve ser:
BREVE E CONCISO: no resumo de um texto, por exemplo, devemos deixar de lado os exemplos dados pelo autor, detalhes e dados secundários.
PESSOAL: um resumo deve ser sempre feito com suas próprias palavras. Ele é o resultado da sua leitura de um texto
LOGICAMENTE ESTRUTURADO: um resumo não é apenas um apanhado de frases soltas. Ele deve trazer as ideias centrais (o argumento) daquilo que se está resumindo. Assim, as ideias devem ser apresentadas em ordem lógica, ou seja, como tendo uma relação entre elas. O texto do resumo deve ser compreensível.
Resumir um texto é reproduzir com poucas palavras aquilo que o autor disse. Para se realizar um bom resumo, são necessárias algumas recomendações:
v  Ler todo o texto para descobrir do que se trata. Ler não é apenas passar os olhos no texto. É preciso saber tirar dele o que é mais importante, facilitando o trabalho da memória. Saber resumir as ideias expressas em um texto não é difícil.
v  Reler uma ou mais vezes, sublinhando frases ou palavras importantes. Isto ajuda a identificar.
v  Distinguir os exemplos ou detalhes das ideias principais.
v  Observar as palavras que fazem a ligação entre as diferentes ideias do texto, também chamadas de conectivos: "por causa de", "assim sendo", "além do mais", "pois", "em decorrência de", "por outro lado", "da mesma forma".
v  Fazer o resumo de cada parágrafo, porque cada um encerra uma ideia diferente.
v  Ler os parágrafos resumidos e observar se há uma estrutura coerente, isto é, se todas as partes estão bem encadeadas e se formam um todo.
v  Num resumo, não se devem comentar as ideias do autor.
v  O tamanho do resumo pode variar conforme o tipo de assunto abordado. É recomendável que nunca ultrapasse vinte por cento da extensão do texto original.
v  Nos resumos de livros, não devem aparecer diálogos, descrições detalhadas, cenas ou personagens secundárias. Somente as personagens, os ambientes e as ações mais importantes devem ser registrados.
v  O resumo deve começar com uma frase que contenha o essencial do documento original, evitando repetir as palavras do título.
v   Deve incluir unicamente os pontos significativos, ser claro e conciso, evitando comentários periféricos e generalidades.
v   Deve ser redigido em um único parágrafo, com frases simples, coerentes, e com continuidade (começo, meio e fim). Não deve consistir de um amontoado de sentenças desconexas, cada uma referindo-se a um tópico.
v   O resumo não deve conter citações bibliográficas, tabelas, quadros, esquemas.
v   Dar preferência ao uso dos verbos na 3ª pessoa do singular. Tempo e verbo não devem dissociar-se dentro do resumo.
v   O resumo deve conter um total de até 2.500 caracteres (exceto título e descritores), em função dos limites estabelecidos para disseminação da tese nas bases de dados especializadas.
Deve-se evitar:
v  Uso de frases negativas e o uso indiscriminado de adjetivos, advérbios, neologismos e abuso de explicações.
v  Uso de expressões como "O presente trabalho trata ...", "Nesta tese são discutidos....", "O documento conclui que....", "aparentemente é...." etc.
v  Informações ou afirmações que não figurem no documento original.
v  Abreviaturas e siglas - quando absolutamente necessário, citá-las entre parênteses e precedidas da explicação de seu significado, na primeira vez em que aparecem.

Texto Formal e Impessoal
O texto técnico-científico não admite o uso de linguagem informal e pessoal. Não pode usa 1ª pessoa do singular ou pluralcomono exemplo abaixo:
v  Nossos trabalhos de campo estão se desenvolvendo a contento, não trazendo maiores preocupações com relação aos prazos que estabelecemos para o projeto.
As duas frases abaixo são opções melhores que a do exemplo acima, pois tratam o assunto de maneira estritamente técnica, em linguagem formal e impessoal.
v  Os trabalhos de campo foram efetuados dentro dos prazos estabelecidos no projeto original.
v  Os trabalhos de campo se desenvolveram conforme previsto, de forma que o projeto será cumprido no prazo estabelecido.
Existem, segundo van Dijk&Kintsch (apud FONTANA, 1995, p.89), basicamente 3 técnicas que podem ser úteis ao escrevermos uma síntese. São elas o apagamento, a generalização e a construção.

Apagamento
Como no nome já diz, o apagamento consiste em apagar, em cortar as partes que são desnecessárias. Geralmente essas partes são os adjetivos e os advérbios, ou frases equivalentes a eles. Vamos ver um exemplo.
ü  O velho jardineiro trabalhava muito bem. Ele arrumava muitos jardins diariamente.
Sendo essa a frase a ser resumida através do apagamento, poderia ficar assim:
ü  O jardineiro trabalhava bem.
Cortamos os adjetivo “velho” e o advérbio “muito” na primeira frase e eliminamos a segunda. Ora, se o jardineiro trabalhava bem, é porque arrumava jardins; a segunda informação é redundante.

Generalização

A generalização é uma estratégia que consiste em reduzir os elementos da frase através do critério semântico, ou seja, do significado. Exemplo:
ü  Pedro comeu picanha, costela, alcatra e coração no almoço.
As palavras em destaque são carnes. Então, o resumo da frase fica:
ü  Pedro comeu carne no almoço.

Construção
A técnica da construção consiste em substituir uma sequência de fatos ou proposições por uma única, que possa ser presumida a partir delas, também baseando-se no significado. Exemplo:
ü  Maria comprou farinha, ovos e leite. Foi para casa, ligou a batedeira, misturou os ingredientes e colocou-os no forno.
Todas essas ações praticadas por Maria nos remetem a uma síntese:
ü  Maria fez um bolo.
Além dessas três, ainda existe uma quarta dica que pode ajudar muito a resumir um texto. É a técnica de sublinhar.
Enquanto você estiver lendo o texto, sublinhe as palavras ou frases que fazem mais sentido, que expressam ideias que tenham mais importância. Depois, junte seus sublinhados, formando um texto a partir deles e aplique as três primeiras técnicas.
Existem vários tipos de resumo. Antes de fazer um resumo você deve saber a que ele se destina, para saber como ele deve ser feito. Em linhas gerais, costuma-se dizer que há 3 tipos usuais de resumo: o resumo indicativo, o resumo informativo e o resumo crítico (ou resenha).
Resumo Indicativo
Indica apenas os pontos principais do texto, não apresentando dados qualitativos, quantitativos, etc.
Resumo Informativo
Informa suficientemente ao leitor, para que este possa decidir sobre a conveniência da leitura do texto inteiro. Expõe finalidades, metodologia, resultados e conclusões.
Resumo crítico (resenha)

Resumo redigido por especialistas com análise interpretativa de um documento.

MODELOS



RESUMO



TURNER, Frederick.A reforma do planeta Marte.Revista Superinteressante.n° 7, julho de 1991, p. 18-24.


Um dos projetos mais ousados e ao mesmo tempo mais cativantes propõe nada menos que reconstruir o planeta Marte, isto é, moldar seus recursos naturais, a ponto de torná-lo menos hostil à sobrevivência do homem. Na Terra, ocorreram muitas transformações até que a vida que conhecemos surgisse. O hidrogênio gasoso combinou-se com o oxigênio para formar água: foi dessa maneira que surgiu a maior parte da água dos oceanos terrestres. Se tantas transformações ocorreram na Terra por meios biológicos, não poderia também acontecer em Marte? Os céticos poderiam insistir, dizendo que nenhum organismo terrestre contemporâneo sobreviveria muito tempo em Marte. Mas a questão da água poderia ser resolvida a partir das pequenas reservas de vapor existentes na atmosfera e conhecidas desde o pouso da nave americana Viking I, em meados da década de 70. Análises detalhadas da atmosfera indicam que a pressão atmosférica em Marte já foi alta o bastante para liquefazer a água. Um fato essencial é a cor da superfície marciana: se o solo ficar mais escuro, refletirá menos luz e elevará a temperatura do planeta. O calor, em seguida, libertaria gases atualmente congelados e contribuiria para aumentar a pressão do ar, facilitando o livre curso da água sobre o solo. O impacto dos meteoros artificiais também aqueceria rochas mais profundas e isso talvez faça ressuscitar o extinto Vulcão Olympus Mons. Mesmo se apenas uma fração dos gases liberados por tal impacto permanecesse na atmosfera marciana, seria o suficiente para aumentar consideravelmente sua pressão e temperatura e enchê-la de vida. Muitas das mudanças necessárias em Marte poderiam surgir pelo emprego da nanotecnologia, por meio da qual podem-se forjar estruturas microscópicas na superfície dos metais. Os nanotecnólogos seriam incumbidos de projetar microfábricas químicas para extrair minerais e gases úteis do solo de Marte. Vamos supor, no entanto, que se possa criar um ambiente controlado, análogo ao de Marte, de tal modo que as formas marcianas de vida pudessem engendrar-se a si mesmas. Os biólogos, de fato, já estão tentando exprimir a genética dos organismos na forma de programas de computador. A luta pela sobrevivência selecionaria determinadas características dos organismos, cada vez mais velozmente, de geração em geração. Surgiriam, assim, os organismos adaptados para viver em Marte. Nessa seqüência, o primeiro objetivo seria extrair dióxido de carbono da atmosfera e do solo rochoso. Junto com a água, liquefeita pelo calor adicional, substâncias constituiriam um ambiente parecido com o da Terra. Em apenas quarenta anos, o trabalho de jardinagem planetária imaginada pelo escritor Frederick Turner terá tornado Marte um agradável lugar. Em alguns pontos de Marte, a cor do céu tende à púrpura. A bela cor vermelha de Marte, associada ao sangue, talvez explique por que gregos e romanos o tinham na conta de deus da guerra e pode, também, ter ajudado a transformá-lo em um mito. Marte, mais do que qualquer outro planeta, é bastante parecido com a Terra. Está apenas 50% mais distante do Sol do que a Terra e seu ano dura aproximadamente o dobro do ano terrestre.

RESUMO

LAKATOS, Eva Maria. O trabalho temporário: nova forma de relações sociais no trabalho. Tese (Livre-docência em Sociologia) - Escola de Sociologia e Política de São Paulo, 1979.

A partir da Idade Média, as sucessivas fases da organização industrial apresentam o sistema familiar, onde a produção era realizada pelos membros da família, para seu próprio consumo e não para a venda, pois praticamente inexistia mercado; o sistema de corporações, em que a produção ficava a cargo de mestres artesãos independentes, donos da matéria-prima e das ferramentas de trabalho, auxiliados por aprendizes, atendendo a um mercado pequeno e estável: não vendiam seu trabalho, mas o produto de sua atividade; sistema doméstico, com um mercado em expansão, onde o mestre artesão perde parte de sua independência: surge o intermediário a quem pertence a matéria-prima e, em consequência, o produto acabado; sistema fabril, atendendo a um mercado cada vez mais amplo e oscilante, onde a produção é realizada em estabelecimentos pertencentes ao empregador, sendo o trabalhador totalmente dependente, pois não é mais dono dos instrumentos de produção: vende, portanto, sua força de trabalho. As relações sociais formais de produção resultam "dos direitos definidos de acesso a um particular meio da vida e de participação nos resultados do processo de trabalho. As relações sociais no trabalho compreendem "aquelas relações que se originam da associação, entre indivíduos, no processo cooperativo de produção. A Revolução Industrial não alterou as relações sociais formais de produção do sistema fabril. De acordo com a natureza da elite que orienta, introduz ou determina o processo de industrialização, as relações sociais no trabalho recebem diferentes inf1uências. As principais são: processo empregado no recrutamento da mão-de-obra; na integração do trabalhador na empresa; na autoridade que elabora as normas referentes às relações entre o trabalhador e a direção da empresa; no caráter da autoridade da gerência sobre o trabalhador. A elite dinástica recruta, baseada em laços familiares; utiliza mecanismos paternalistas de integração; elabora normas através do Estado e da pr6pria gerência e tem uma preocupação paternalista com os trabalhadores. A classe média recruta segundo a habilidade; cria mecanismos específicos de integração; a elaboração das normas é pluralista e considera o trabalhador como cidadão. Os intelectuais revolucionários realizam um recrutamento apoiados na filiação política; a integração dá-se através do apelo ideológico; a elaboração das normas encontra-se sobre a égide do partido e do Estado, e a autoridade tem caráter ditatorial, de início, e, mais tarde, constitucional. Os administradores coloniais recrutam segundo a naturalidade; a integração é paternalista; as normas são elaboradas pela metrópole e as formas de autoridade são ditatoriais e paternalistas. Os líderes nacionalistas recrutam segundo a qualificação profissional e política; a integração baseia-se na elaboração de normas; consideram o trabalhador como patriota; a elaboração de normas destaca o Estado e os dirigentes, e a autoridade depende do tipo de gerentes. Distingue-se o trabalho temporário de outras atividades, tais como: trabalho parcial, recrutamento direto, período de experiência, empréstimo de trabalhador, subcontratação, empreitada, trabalhador sazonal, diarista, trabalhador externo e trabalhador doméstico. Na conceituação de trabalhador temporário faz-se referência a uma relação triangular entre o empregador (agência de mão-de-obra temporário - fornecedor), o trabalhador temporário e a empresa cliente (tomador). O trabalho temporário “è uma consequência do sistema fabril de produção, surgindo espontaneamente em determinada etapa do desenvolvimento econômico, inserindo-se, geralmente, em formas específicas de organização do trabalho - determinada pela tecnologia e pluralista - sob certas condições: organização contratual, contratos individuais e baseados na ocupação. A sociedade industrialmente desenvolvida favorece o surgimento do trabalho temporário. A ampliação deste é incentivada pelo aumento da divisão do trabalho e pela especialização: coincide sua expansão com o aumento do desemprego. O trabalhador temporário diferencia-se daquele que é fixo por um conjunto de caracter1ísticas, sendo as mesmas uma decorrência do tipo de atividade exercida, assim como do tempo de exercício da função. O trabalhador â encaminhado a esta atividade principalmente pela insuficiência de oferta de empregos fixos. O trabalhador temporário â predominantemente do sexo masculino; entre 18 e 30 anos; com primário completo; sem companheiro; família pouco numerosa, geralmente migrante do pr6prio Estado; renda familiar entre R$ 2.500,00 e R$ 5.000,00 (1976); responsável econômico da família; mora em casa alugada e não possui outra fonte de renda ou bens.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Oiiiie '.' Espero que tenha gostado do meu Blog *-*
Bjsss :*